O governo do presidente Lula (PT) buscará ajuda dos governadores, lideranças religiosas e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para tentar evitar a derrubada do veto ao projeto que acaba com as saídas temporárias de presos.
A proposta, aprovada no Congresso, foi parcialmente acatada pelo chefe do Executivo. Ele manteve as saidinhas para que os detentos possam visitar familiares em datas comemorativas.
A palavra final, contudo, será dos parlamentares. A proposta contou com o apoio da maioria do Senado e, na Câmara, teve votação simbólica.
De acordo com integrantes do governo, há a intenção de buscar lideranças nas igrejas evangélica e católica para mobilizar congressistas pela manutenção da proposta.
Há uma avaliação de que a temática de ressocialização e família possa sensibilizá-los, uma vez que muitas igrejas têm trabalho nesse segmento da sociedade.
Auxiliares palacianos esperam ainda uma oportunidade de aproximação com os evangélicos nesta conversa. A última pesquisa do Datafolha acendeu alerta do Planalto com o grupo: a reprovação, antes de 38% em dezembro, subiu no terceiro mês de 2024 para 43%.
Em outra frente, integrantes do governo devem buscar também chefes dos Executivos estaduais. A ideia será demonstrar o potencial de crises e rebeliões nos presídios, como especialistas apontam.
Fonte: folha de sp