Por Silvana Duarte
@silvanaduartepoeta
Atitudes irritantes ou falta de educação?
Há coisas irritantes e pessoas irritantes. Não ser uma pessoa irritante não quer dizer que você não faça certas coisas que sejam irritantes. Existem por exemplo, certas atitudes extremamente irritantes que podem causar até discórdias. Para evitar possíveis desentendimentos há quem prefira o afastamento social a fim de evitar os que costumam irritar. É certo que vivemos numa época onde qualquer atitude arbitrária pode ser uma faísca, acendendo assim, o pavio curto das pessoas. “As pessoas estão perdendo a habilidade social.” Dizem os milhões de psicólogos yotubers assistidos nos reels. Até minha vizinha manicure está na lista destes coaches youtubers, ela e muitos outros aconselham distanciar-se de quem o irrita. Fico pensando, mas onde fica a tal da empatia? Como saber o que pode irritar alguém? Como perceber se eu mesmo não sou quem irrita?
É irritante por exemplo, alguém que converse tocando seu interlocutor, conheço diversas pessoas que conversam tocando o outro infinitas vezes, é como se o indivíduo fosse fugir dali (não que ele não quisesse fazer isso). Outro dia, estávamos dentro de um carro, eu ouvi meu colega atentamente, mas não bastava isso, ele me tocava a cada cinco palavras proferidas. Talvez ele precise garantir que eu esteja ouvindo os detalhes do fato contado. E se eu decidisse não ver mais a pista, e escolhesse olhar somente para ela, talvez ela não me tocaria mais, deixando de afundar seu dedo no meu braço. Preferi controlar minha irritabilidade e ouvi-la. “São cinestésicos”- defendem os psicólogos especialistas. Então, de cinestésico eu não tenho nada, devo me preocupar? Devo buscar ajuda? Fazer terapia como a Geração Z e a Millennials para aprender a me conectar melhor com meu próximo? Ou devo esquecer a tal da empatia?
O que dizer então, dos áudios imensos enviados às oito horas da noite? E, as cobranças de sua chefe em pleno feriado? São irritantes as atitudes ou são as pessoas que são irritantes? Reflita aí, caro e maravilhoso leitor. Após, receber um áudio de três minutos, o que você costuma fazer? Isso dependerá do nível de ansiedade de cada pessoa, eu por exemplo, queria ser aquele que simplesmente diz: “vá a merda, não vou nem responder”. No entanto, eu preciso ouvir para verificar o tema da mensagem, pois deve ser muito urgente pelo horário do envio, coloco na velocidade 3x, mas isso, normalmente não resolve já que não se entende nada. Preciso ouvir tudo outra vez na velocidade 1x. Isso é torturador, irrita! Outra atitude considerada irritante é a de ligar para as pessoas, felizmente isso se tornou algo raro nos dias de hoje, somente os golpes nos ligam, sobre isso o brasileiro já está calejado. O perigo está no fato de alguém precisar ligar pedindo socorro e ninguém atender, na certeza se tratar de um golpe.
Sonhar é para poucos, nossa vida está tão atribulada que sonhar se tornou algo precioso devido à escassez de tempo. Acredito que seja pelo excesso de shorts vídeos, ou por muita informação. Quando chega a noite, o cérebro desliga totalmente não sobra nem mesmo tempo para sonhar, apenas para dormir, quando conseguimos. De sábado para domingo costumo usufruir de um sono reparador, me lembro até do que sonhei. No último final de semana, sonhei muito, eram aqueles sonhos típicos de nossa infância, eu voava alto, sentia tudo ao meu redor, até manipulava o ambiente, decidi controlar até o tempo do meu sonho, não quis acordar. Como era domingo, eu tinha todo tempo do mundo para acordar. Só que não! Despertei-me assustada, ouvi o interfone tocar diversas vezes:
“Tá com voz de sono, foi mal se te acordei
(…)Prefiro estar aqui
Te perturbando, domingo de manhã
É que eu prefiro ouvir sua voz de sono
Domingo de manhã.”
Não, ninguém cantou isso para mim. Bons entendedores, entenderão e saberão quem interrompeu meu sono sonhador em pleno domingo de manhã. Claro, caro leitor, eu não atendi à porta. A pessoa foi embora e junto fora meus sonhos. Isso me irritou de uma tal maneira…
O que dizer das pessoas que não te dizem um simples bom dia? Ah, é normal, elas não são tão íntimas. Trabalhamos com o indivíduo 8 horas por dia, e ele nos responde quando lhe dá na telha? Nunca vou entender isso. De repente, ver nossa cara, nosso sorriso ao dizer bom dia, pode irritá-lo. Outro dia, eu fiz o mesmo, não pronunciei nada, sequer olhei em direção ao bendito indivíduo. E, o milagre ocorreu, um mísero bom dia foi dado, acho que se ver no próprio espelho a incomodou: “Só eu posso ser irritante, ninguém mais pode”, ele deve ter pensado.
Ser interrompido durante uma conversa séria, em uma resolução de problemas ,por exemplo, te irrita? E, durante o clímax ao assistir uma série de suspense ou de ficção cientifica. Você ficou com a pessoa durante três horas, mas ela não te deu atenção alguma. Estranhamente quando você só tem quarenta minutos para relaxar, a pessoa resolve contar a vida toda, o pior é, querer discutir política, sabendo que você não é a favor a nenhum dos dois. Será egoísmo de nossa parte? Pode ser, mas que é irritante é! Não que eu não goste de discutir política, acho necessário. A questão é, você convida o indivíduo que ama discutir política para marchar a favor dos professores ou da melhoria da segurança pública, porém, é tachada de louca. Logo, interpreto que os discursos são proferidos apenas para irritar mesmo.
Conheci uma professora irritada e comecei a observá-la, eu queria entender tamanha irritação. Vi então, pude ouvir sua aula e antes mesmo que começasse a dizer algo aos estudantes, ela foi interrompida. Contei quantas vezes ela fora interrompida, em menos de cinco minutos dez vezes. Zezinho, gritava: e aquela tarefa professora? Maria, outra aluna dizia: “E o ensaio? Vamos sair hoje?
Ela então só conseguiu começar a aula, quando conseguiu dizer e escrever algo na lousa: “Se vocês me deixarem ser professora, eu vou resolver todas essas questões”. Esse grito, irritou tanto os alunos que a aula fora um fiasco.Atitudes irritantes ou falta de educação?
Há coisas irritantes e pessoas irritantes. Não ser uma pessoa irritante não quer dizer que você não faça certas coisas que sejam irritantes. Existem por exemplo, certas atitudes extremamente irritantes que podem causar até discórdias. Para evitar possíveis desentendimentos há quem prefira o afastamento social a fim de evitar os que costumam irritar. É certo que vivemos numa época onde qualquer atitude arbitrária pode ser uma faísca, acendendo assim, o pavio curto das pessoas. “As pessoas estão perdendo a habilidade social.” Dizem os milhões de psicólogos yotubers assistidos nos reels. Até minha vizinha manicure está na lista destes coaches youtubers, ela e muitos outros aconselham distanciar-se de quem o irrita. Fico pensando, mas onde fica a tal da empatia? Como saber o que pode irritar alguém? Como perceber se eu mesmo não sou quem irrita?
É irritante por exemplo, alguém que converse tocando seu interlocutor, conheço diversas pessoas que conversam tocando o outro infinitas vezes, é como se o indivíduo fosse fugir dali (não que ele não quisesse fazer isso). Outro dia, estávamos dentro de um carro, eu ouvi meu colega atentamente, mas não bastava isso, ele me tocava a cada cinco palavras proferidas. Talvez ele precise garantir que eu esteja ouvindo os detalhes do fato contado. E se eu decidisse não ver mais a pista, e escolhesse olhar somente para ela, talvez ela não me tocaria mais, deixando de afundar seu dedo no meu braço. Preferi controlar minha irritabilidade e ouvi-la. “São cinestésicos”- defendem os psicólogos especialistas. Então, de cinestésico eu não tenho nada, devo me preocupar? Devo buscar ajuda? Fazer terapia como a Geração Z e a Millennials para aprender a me conectar melhor com meu próximo? Ou devo esquecer a tal da empatia?
O que dizer então, dos áudios imensos enviados às oito horas da noite? E, as cobranças de sua chefe em pleno feriado? São irritantes as atitudes ou são as pessoas que são irritantes? Reflita aí, caro e maravilhoso leitor. Após, receber um áudio de três minutos, o que você costuma fazer? Isso dependerá do nível de ansiedade de cada pessoa, eu por exemplo, queria ser aquele que simplesmente diz: “vá a merda, não vou nem responder”. No entanto, eu preciso ouvir para verificar o tema da mensagem, pois deve ser muito urgente pelo horário do envio, coloco na velocidade 3x, mas isso, normalmente não resolve já que não se entende nada. Preciso ouvir tudo outra vez na velocidade 1x. Isso é torturador, irrita! Outra atitude considerada irritante é a de ligar para as pessoas, felizmente isso se tornou algo raro nos dias de hoje, somente os golpes nos ligam, sobre isso o brasileiro já está calejado. O perigo está no fato de alguém precisar ligar pedindo socorro e ninguém atender, na certeza se tratar de um golpe.
Sonhar é para poucos, nossa vida está tão atribulada que sonhar se tornou algo precioso devido à escassez de tempo. Acredito que seja pelo excesso de shorts vídeos, ou por muita informação. Quando chega a noite, o cérebro desliga totalmente não sobra nem mesmo tempo para sonhar, apenas para dormir, quando conseguimos. De sábado para domingo costumo usufruir de um sono reparador, me lembro até do que sonhei. No último final de semana, sonhei muito, eram aqueles sonhos típicos de nossa infância, eu voava alto, sentia tudo ao meu redor, até manipulava o ambiente, decidi controlar até o tempo do meu sonho, não quis acordar. Como era domingo, eu tinha todo tempo do mundo para acordar. Só que não! Despertei-me assustada, ouvi o interfone tocar diversas vezes:
“Tá com voz de sono, foi mal se te acordei
(…)Prefiro estar aqui
Te perturbando, domingo de manhã
É que eu prefiro ouvir sua voz de sono
Domingo de manhã.”
Não, ninguém cantou isso para mim. Bons entendedores, entenderão e saberão quem interrompeu meu sono sonhador em pleno domingo de manhã. Claro, caro leitor, eu não atendi à porta. A pessoa foi embora e junto fora meus sonhos. Isso me irritou de uma tal maneira…
O que dizer das pessoas que não te dizem um simples bom dia? Ah, é normal, elas não são tão íntimas. Trabalhamos com o indivíduo 8 horas por dia, e ele nos responde quando lhe dá na telha? Nunca vou entender isso. De repente, ver nossa cara, nosso sorriso ao dizer bom dia, pode irritá-lo. Outro dia, eu fiz o mesmo, não pronunciei nada, sequer olhei em direção ao bendito indivíduo. E, o milagre ocorreu, um mísero bom dia foi dado, acho que se ver no próprio espelho a incomodou: “Só eu posso ser irritante, ninguém mais pode”, ele deve ter pensado.
Ser interrompido durante uma conversa séria, em uma resolução de problemas ,por exemplo, te irrita? E, durante o clímax ao assistir uma série de suspense ou de ficção cientifica. Você ficou com a pessoa durante três horas, mas ela não te deu atenção alguma. Estranhamente quando você só tem quarenta minutos para relaxar, a pessoa resolve contar a vida toda, o pior é, querer discutir política, sabendo que você não é a favor a nenhum dos dois. Será egoísmo de nossa parte? Pode ser, mas que é irritante é! Não que eu não goste de discutir política, acho necessário. A questão é, você convida o indivíduo que ama discutir política para marchar a favor dos professores ou da melhoria da segurança pública, porém, é tachada de louca. Logo, interpreto que os discursos são proferidos apenas para irritar mesmo.
Conheci uma professora irritada e comecei a observá-la, eu queria entender tamanha irritação. Vi então, pude ouvir sua aula e antes mesmo que começasse a dizer algo aos estudantes, ela foi interrompida. Contei quantas vezes ela fora interrompida, em menos de cinco minutos dez vezes. Zezinho, gritava: e aquela tarefa professora? Maria, outra aluna dizia: “E o ensaio? Vamos sair hoje?
Ela então só conseguiu começar a aula, quando conseguiu dizer e escrever algo na lousa: “Se vocês me deixarem ser professora, eu vou resolver todas essas questões”. Esse grito, irritou tanto os alunos que a aula fora um fiasco.