Aos 68 anos, ele é casado, pai de dois filhos e avô. Engenheiro Civil, também atuou na política do município, como vice-prefeito. O personagem desta semana no jornal “O Democrático” é o dois-correguense Paulo Roberto Carmesini.
O Democrático: Quem são seus pais?
Paulo Carmesini: João Pedro Carmesini e Julieta Mirigui Carmesini.
O Democrático: Nasceu em Dois Córregos?
Paulo Carmesini: Sim, nasci em Dois Córregos, em 1951. Meu pai nasceu em 1908. A minha mãe é de Jundiaí e meus avós vieram da Itália.
O Democrático: Quem é o Paulo?
Paulo Carmesini: Eu sou Engenheiro Civil, formado há quase 40 anos, minha esposa é Arquiteta. De 1982 a 1989 fui vice-prefeito junto com o prefeito Casonato.
O Democrático: Como foi a sua infância?
Paulo Carmesini: Melhor possível. Naquela época a gente podia sair tranquilo na rua; ia para a escola, voltava; ia nadar no tanque da Paulista; jogar bola no campo da Barra Funda. Era criança e vivíamos na plenitude. Tenho muita saudade. São grandes recordações. Tenho amigos desde aquela época.
O Democrático: Como é o Paulo marido?
Paulo Carmesini: Eu sou um bom marido e um bom pai.
O Democrático: E o Paulo avô?
Paulo Carmesini: Apesar de morar longe – minha neta mora em Sorocaba – pelo menos uma vez por mês a gente vai visitá-la.
O Democrático: É possível conciliar trabalho e família?
Paulo Carmesini: Sim. Eu não tenho escritório, trabalho em casa, então estou sempre com a esposa.
O Democrático: Tem tempo para curtir filhos?
Paulo Carmesini: Tenho sim. Pelo menos uma vez por ano a gente viaja, se reúne aos finais de semana, curte os amigos.
O Democrático: Qual o significado do Natal para você?
Paulo Carmesini: A solidariedade humana se perdeu um pouco. As pessoas estão muito materialista. Nós teríamos que nos preocupar mais com outros, ajudar os necessitados, porque se esperar isso do governo, não vai fazer. Então cada pessoa tem que fazer a sua parte, a sua solidariedade e o Natal é uma época propícia para isso.
O Democrático: Como era a cidade na época em que você foi vice-prefeito?
Paulo Carmesini: A cidade era bem menor do que é hoje. A qualidade de vida era maior. Na nossa época, tudo funcionava plenamente. A usina gerava muitos empregos. Também tínhamos as indústrias moveleiras, fábricas de sapatos. Era muito mais fácil naquela época. Dois Córregos cresceu bastante, mas foi um crescimento negativo, porque muita gente veio para cá e não conseguiu emprego. Isso acaba sobrecarregando a Santa Casa, a Casa da Criança, as escolas. Na minha época, era mais fácil fazer as políticas públicas.
O Democrático: Imaginava que isso aconteceria no futuro?
Paulo Carmesini: A gente nunca imagina que vai piorar, a gente procura fazer as coisas pensando que a situação vai se encaminhando para melhor, mas piorou muito. Um grave problema aqui é que a juventude não tem onde ir, e isso é culpa do poder público, que não dá opção de lazer para essa juventude.
O Democrático: É religioso?
Paulo Carmesini: Sim, sou católico praticante.
O Democrático: Qual mensagem gostaria de deixar aos leitores?
Paulo Carmesini: Gostaria de aproveitar que é final de ano para desejar a todos um bom Natal e um feliz Ano Novo. Que a gente pense sempre em solidariedade ou não vamos sair desse buraco.