Suspeito estava alterado e disparou seis golpes de faca no animal
Segundo maior crime denunciado neste ano (2021), os casos de maus-tratos a animais domésticos foram impulsionados com a chegada da pandemia da Covid-19. Segundo dados da DEPA (Delegacia Eletrônica de Proteção Animal), foi registrado um aumento de 81,5% nas denúncias de violência contra animais no estado de São Paulo, em comparação com o ano passado, entre os meses de janeiro a julho deste ano. Só no estado paulista são cerca de 60 denúncias por dia.
Na manhã desta quarta-feira (4), o investigador da Polícia Civil de Dois Córregos, José Eduardo Trevisan, recebeu a denúncia por volta das 7h45, a respeito de uma briga entre dois rapazes que moravam juntos, que terminou com o cachorro do casal esfaqueado.
O caso aconteceu durante a madrugada, onde o indivíduo que realiza uso de remédios controlados, teria feito o uso de bebidas alcoólicas e se desentendido com o marido. O suspeito se dirigiu até a cozinha, pegou uma faca e ameaçou o companheiro, que deixou o local. Ao retornar no local, o rapaz viu o cachorro pitbull do casal, que atende pelo nome de Zeus, sangrando muito. Em seguida, o homem acionou a Polícia Civil.
Ao receber o telefonema, o investigador Trevisan se direcionou até local informado juntamente com o Delegado Márcio Moretto, e os policiais Fabrício, Douglas e Moura. Quando chegaram na casa do suspeito, foi encontrado o animal ferido e muito sangue pelo chão. O indivíduo não estava mais no local, por isso, foram realizadas buscas em uma residência onde ele costumava permanecer. Ao ser encontrado, ele confirmou ter esfaqueado o animal com seis golpes de faca, e após isso, recebeu a voz de prisão.
O animal foi retirado do local pelos policiais, com o apoio do Alex Parente, membro da ONG ARA (Amor e Respeito Animal) do Município de Dois Córregos, e levado até o Hospital Veterinário Araújo (HVA), onde está sendo bem tratado e não corre o risco de morrer.
O acusado foi levado até a Delegacia de Dois Córregos, onde conversou com o Delegado, e sem seguida, com a equipe do Portal RC1. “Eu faço tratamento psicológico desde os 15 anos, por isso tomo remédios e não posso estar bebendo. Infelizmente acabei exagerando, então eu e meu marido acabamos discutindo e não sei porquê fiz mal ao Zeus, já que foi eu quem deu o cão de presente para o meu companheiro”, relatou.
Trevisan, assim como todos os policiais, também se mostrou indignado com o ocorrido. “É uma situação triste, eu sou da causa animal. Péssimo ver um animal que não tinha nada a ver com a história, pagar por isso”
Após a audiência de custódia, o rapaz foi liberado por não possuir antecedentes criminais, e irá responder ao processo em liberdade.