Na última segunda-feira, dia 6, representantes da Prefeitura de Dois Córregos se reuniram na capela da Santa Casa de Misericórdia para discutir o futuro da gestão da entidade. Desde agosto de 2019, a instituição está sob gestão da Prefeitura Municipal. A previsão era de uma intervenção pelo prazo de 30 meses, o que se encerra em menos de 40 dias.
Segundo o prefeito Ruy Favaro, o futuro da gestão no local está indefinido. “O nosso hospital é uma instituição centenária. Fazer gestão de saúde é muita responsabilidade. Nós iniciamos um diálogo com os irmãos e contamos com a presença dos vereadores e de funcionários da Santa Casa”.
De acordo com o prefeito, o Executivo continuará com o atendimento no Pronto-Socorro, mas a maternidade e o hospital deverão ser geridos pela Sociedade. “Não é só uma questão de vontade do Executivo, mas um entendimento do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Uma entidade como a Santa Casa tem que ser gerida pela sociedade, por cidadãos que se colocam à disposição”, afirma.
Ruy ressalta que a administração da Santa Casa, durante o período de intervenção, foi composta por funcionárias que atuavam no Executivo, portanto, não houve despesa. “Mas nós já reservamos recursos para a contratação de um administrador em 2022. A gente espera que a sociedade se coloque à disposição. A pessoa precisa gostar da Santa Casa e estar disposta a dedicar o seu tempo. Quem tiver interesse, nos procure, se coloque à disposição, empreste seu tempo para que a gente possa manter a Santa Casa aberta”, convida Ruy.
Caso, até o início do ano, não seja definido o novo gestor, a Prefeitura poderá prorrogar a intervenção. “A Santa Casa é prioridade absoluta no nosso governo. Nós vamos aguardar até a data e vamos abrir o diálogo. Se houver necessidade, nós vamos prolongar a intervenção por mais um mês até que a gente encontre um grupo de pessoas que possa realmente assumir a responsabilidade”.
Durante a reunião, a atual diretoria apresentou a realidade do hospital e as conquistas ao longo do período de intervenção. “Nós também fizemos a programação para o próximo ano, mas a pessoa pode ficar à vontade para analisar e modificar o que quiser”, afirma a diretora de Saúde e interventora da Santa Casa, Elaine Scarpim Nais.
Segundo a gestora financeira, Ariane Paulucci, já há uma previsão para 2022. “A previsão é de R$ 6,1 milhões para o Pronto-Socorro, além de repasses federais e de emendas parlamentares que já estão em mãos”. Ainda de acordo com a gestora, o orçamento é suficiente para manter o Pronto-Socorro o ano todo. “Para a Santa Casa, contamos com o auxílio dos vereadores e dos deputados, que vão encaminhar emendas para que o ano transcorra”. Ariane finaliza ressaltando as condições atuais da entidade. “A situação é favorável. As instalações estão ótimas”.