Agosto Verde-Claro – Mês de combate ao linfoma

Especialista alerta para a importância do diagnóstico precoce

No Brasil, mais de quatro mil pessoas morrem anualmente, em média, em decorrência do linfoma. Os dados são da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular). Apesar de ser a sexta maior causa de câncer no país, a maioria das pessoas não conhece a doença e os seus sintomas.

De acordo com Daniel Ditzel, hematologista do Sistema Hapvida, para melhorar esse panorama é importante que o diagnóstico seja feito rapidamente. “Quanto mais cedo, maiores são as chances de cura. Por isso, ao observar qualquer sintoma é preciso procurar o médico, realizar os exames e iniciar o tratamento”.

Sudorese, febre vespertina, aumento dos linfonodos, calafrios, perda de peso, fadiga, inchaço no abdômen, infecções graves ou frequentes, hematomas ou hemorragias são os sintomas elencados pelo especialista. O surgimento de gânglios duros, que aumentam de tamanho e são indolores durante a apalpação também fazem parte da lista. “Alguns pacientes foram diagnosticados com linfoma sem apresentar nenhum sintoma. É importante que qualquer pessoa que esteja preocupada consulte um médico hematologista de confiança. Ele irá solicitar uma série de testes para confirmar ou descartar o câncer como causa, pois alguns sintomas podem ser atribuídos a outros problemas médicos”, explica.

Hodgkin e não-Hodgkin

O linfoma é uma forma de câncer que afeta os linfócitos, um tipo de glóbulo branco que desempenha papel importante no sistema imunológico. Segundo o hematologista, a principal diferença entre as duas categorias de câncer linfático, Hodgkin e não-Hodgkin, é o tipo de linfócito afetado. “O primeiro é marcado pela presença de células Reed-Sternberg, que podem ser identificadas com o uso do microscópio. No segundo grupo, essas células não estão presentes”.

Ditzel também cita outras diferenças:

– O linfoma não-Hodgkin é mais comum que o linfoma de Hodgkin;

– A maioria dos pacientes não-Hodgkin tem mais de 55 anos. Já a idade média para o diagnóstico de linfoma de Hodgkin é de 39 anos;

– O linfoma não-Hodgkin pode surgir nos gânglios linfáticos em qualquer parte do corpo como pescoço, tórax ou axilas;

– O linfoma de Hodgkin é frequentemente diagnosticado em um estágio inicial e, portanto, é considerado um dos cânceres mais tratáveis.

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