Todos os anos, 28,9 milhões de brasileiros correm o risco de sofrer,
com alguma das doenças tropicais negligenciadas, que ainda assolam o país.
Isso representa 14% da população total. Essa estimativa, praticamente,
dobrou no período, entre 2016 e 2020 — Até 2015, acreditava-se que esses
problemas de saúde poderiam afetar cerca de 15 milhões de pessoas (ou
7,3% da população). Esses são alguns dos dados que aparecem em um boletim epidemiológico, publicado pelo Ministério da Saúde, no final de janeiro.
Entre as condições que aparecem na lista, algumas possuem diagnóstico e
tratamento disponíveis, há anos, na rede pública, como a hanseníase, e o
tracoma. Outras estão diretamente relacionadas às condições precárias de
moradia, ou à falta de saneamento básico, e acesso à água potável, casos
de esquistossomose, e filariose linfática