Mapeamento sigiloso, feito pelo Ministério
da Justiça e da Segurança Pública, e obtido pelo Estadão, mostra que há
pelo menos 72 facções criminosas, nas prisões brasileiras. A análise leva
em conta informações enviadas pelas Agências de Inteligência Penitenciária, dos 26 Estados, e do Distrito Federal. O relatório revela o alcance
dos rivais Primeiro Comando da Capital (PCC), e Comando Vermelho (CV),
presentes em quase todos os Estados, e a pulverização de grupos locais
– uma rede de alianças e tensões, que, frequentemente, resulta em rebeliões sangrentas. Para especialistas, as cadeias são “escritórios do crime”,
de onde líderes traçam planos, e enviam ordens, para as ruas. E, com o
controle falho, pelo poder público, e em condição precária, são espaços
para cooptar novos integrantes, que entram como detentos comuns, e
viram parte do exército da facção.
Fonte: monitor de conjuntura