DISE realiza levantamentos sobre “funcionários” do tráfico de drogas em São Carlos

O delegado adjunto da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), Miguel Carlos Capobianco Junior, falou com a reportagem sobre o sério problema enfrentado pela Polícia Civil e Militar com o recrutamento de crianças e adolescentes pelo tráfico de drogas. O policial falou também sobre a questão do viciado em drogas, que segundo o delegado, trata-se de uma situação ainda maior que deve ser combatida não só pela polícia, mas também por uma sequencia de órgãos municipais, estaduais e até mesmo federais, pois para ele, o viciado torna-se um doente, na verdade mais uma vítima da droga, que se não freado poderá provocar crimes de maior gravidade.

Capobianco diz que o ingresso dos jovens na rede de tráfico de drogas ocorre cada vez mais cedo e vários fatores colaboram para que isto ocorra. Um deles é a falta de oportunidade de trabalho, entre outros problemas. Ainda segundo o delegado, a DISE está acompanhando alguns casos que estão sob investigações, porém já é possível verificar a grande participação de adolescentes no mundo do narcotráfico local e neste meio também é possível ver uma crescente a participação de mulheres neste tipo de crime.

SUSTENTO DA FAMÍLIA

De acordo com o delegado, quando presos, a principal alegação dos envolvidos é que teria entrado no tráfico para auxiliar a família, ou sustentar o filho e com a falta de trabalho, o traficante acaba pagando entre R$ 25 a R$ 100 por dia de venda de drogas. A cocaína é a primeira do ranking em São Carlos, seguida pela maconha e posteriormente pelo crack, que hoje é a droga mais devastadora. Um viciado que foi preso em flagrante comprando drogas de uma mulher disse que trabalha somente para consumir a droga, porém diz que vai conseguir lagar o vício de 5 anos.

TRAFICANTES E VICIADOS

A maior parte de traficantes ou funcionários do narcotráfico, os que nem utilizam a droga, mas vendem para arrecadar dinheiro se dizem endividados.  62% alegam que queriam ajudar a família e outros 47% pretendiam ganhar muito dinheiro. Todos viciados no momento da prisão dizem “agora eu vou parar”, porém mais cedo ou mais tarde voltam a serem presos e poucos concordam em passar por um tratamento em clínicas de recuperação para dependentes químicos que na maioria são pagas pelas famílias.

Fonte – São Carlos Agora

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