Editorial: Fato ou Fake?

Fake ou Fato? Esse jargão já virou meme na internet e até anúncio publicitário. As campanhas contra a disseminação de falsas notícias estão cada vez mais em evidência. É que elas aumentam na mesma proporção em que as Fake News ganham visibilidade. Acontece que, mesmo assim, tem sido difícil vencer esse inimigo. O desserviço é tanto, que até as páginas oficiais, como do Ministério da Saúde, por exemplo, precisaram criar editorias específicas para desmentir as falsas publicações. Enquanto os profissionais poderiam alimentar as pessoas com dados realmente relevantes, as equipes precisam dispensar o tempo corrigindo essas falhas no processo.


O que hoje se chama de “Fake News” é um avanço da velha “fofoca”. Claro, há fofoca com fundamento, que é aquela usada para manter o convívio social. Mas também há aquelas bem maldosas. Fofocar é um comportamento tão peculiar, que é difícil até de saber como surgiu esse hábito tão comum entre os humanos.

Você já teve a curiosidade de pesquisar o significado da palavra “fofoca”? Para quem nunca fez essa simples busca na internet, segue: “Dito cheio de maldade; disse me disse; mexerico. Aquilo que se comenta com o intuito de causar intrigas. Conversa sem fundamento; especulação”.


Já sobre as “Fake News”, apesar de parecer algo recente, elas existem há anos. Segundo o dicionário Merriam-Webster, a expressão é utilizada desde o final do século XIX. A imprensa internacional começou a utilizar o termo para denominar as notícias mentirosas veiculadas como verdades. Esse tipo de conteúdo não começou nos dias atuais, mas foi potencializado com o advento das redes sociais. Uma das explicações para a disseminação de falsas notícias é a pessoa querer criar botos e reforçar pensamentos. Afinal, como diz o ditado: “uma mentira contada mil vezes se torna verdade”.
O que muitos não levam em consideração são as consequências que uma falsa notícia pode causar. E essas consequências podem ser tanto para quem for vítima, como para quem for responsável por ela. Tanto é que, segundo o Ministério Público, os atos relacionados à criação, à divulgação e à disseminação de informações falsas podem ser enquadrados em pelo menos oito artigos do Código Penal e um do Código Eleitoral, com penas que vão desde a aplicação de multas até a prisão e a perda de direitos políticos.
Por isso, antes de criar um Fake News, pense nas consequências que isso trará para quem for afetado e também para você. E para quem recebe uma Fake News, fica a dica: “na dúvida, não compartilhe”. Por um mundo melhor, vamos ser responsáveis.

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