Estudo diz que IA e redes sociais podem desviar foco da crise climática

Um estudo publicado na revista Global Environmental Politics identificou que o uso constante das redes sociais e de ferramentas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, desvia esforços que poderiam ser utilizados no combate à crise climática.

Entre os prejuízos traduzidos pela constante exposição a essas ferramentas estão a redução da capacidade de desenvolvimento de soluções criativas e o aumento do pessimismo causado pela ampla divulgação de imagens e notícias negativas.Entre os prejuízos traduzidos pela constante exposição a essas ferramentas estão a redução da capacidade de desenvolvimento de soluções criativas e o aumento do pessimismo causado pela ampla divulgação de imagens e notícias negativas.

A motivação do estudo feito na Universidade de British Columbia foi a percepção de que faltavam pesquisas que identificassem os lados negativos do uso excessivo das redes sociais e da IA. Para o grupo de pesquisadores, mostrar apenas o lado bom dessas ferramentas cria uma falsa impressão de que elas só trazem benefícios.

“Essas tecnologias estão influenciando o comportamento humano e a dinâmica social, moldando atitudes e respostas às mudanças climáticas”, disse Dr. Hamish van der Ven, professor assistente de Gestão Sustentável de Negócios de Recursos Naturais da universidade.

Segundo o estudo, o uso intensivo de inteligência artificial — através de chatbots como o Gemini e o ChatGPT, por exemplo — afeta a capacidade de gerar soluções criativas, que poderiam ser aplicadas no controle das crises climáticas. O grupo de pesquisadores pede, então, que essas linguagens sejam revisadas para diminuir o nível de dependência causada nos usuários.

No que diz respeito às redes sociais, o estudo mostra que, quando passamos muito tempo nelas, nossa capacidade de se concentrar diminui, chegando a durar apenas 6 minutos. O Tiktok, por exemplo, que oferece vídeos cuja duração média é de 34 segundos, faz com que esses poucos instantes liberem dopamina e causem o vício de “rolar” a tela. Com essa dependência, a disposição de ler informações com mais profundidade diminui, por requerer mais tempo dedicado.

Fonte: CNN BRASIL

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