O programa “pé de meia” propõe criar uma poupança para os jovens que completarem o ensino médio. Caso aluno complete o ciclo, poderá sacar até R$ 3000 no final e se diplomado. As entidades de ensino superior acreditam que o programa incrementará o ensino superior em até 500 mil novos alunos em três anos. Louvado seja. Como diria o Garricha (jogador)para o Feola(técnico) no fim da preleção sobre o jogo que fariam com os russos na copa de 1958: ” Já combinaram com os russos”. Sobre a questão dos jovens ausentes da escola há outros obstáculos. As ocupações temporárias, o fascínio das ilegais, uma família que em média não valoriza o ensino, rebeldia da idade e a má formação no ensino fundamental. Na real, o ensino fundamental precisa voltar a ensinar a ler e fazer contas. Alunos deixam as escolas porque não acreditam nela. Saem sem entender textos, sem saber fazer as quatro operações, porcentagem, regra de três e cálculos de área que o ajudariam a compreender melhor o mundo em que habitam. Estes seriam por si só bons incentivos abstratos para continuarem seus estudos. Caso contrário, o pé de meia será um pé em outro lugar.
