Um dos motivos seria a baixa nos reservatórios das hidrelétricas
Setembro iniciou com uma nova bandeira tarifária para a conta de luz. A partir de agora, os brasileiros vão pagar R$ 14,20 por cada 100 quilowatt-hora de energia consumidos.
O aumento é de quase 50% sobre os R$ 9,49 cobrados até 31 de agosto, quando a bandeira vermelha dois estava em vigor. O novo patamar, chamado de bandeira escassez hídrica, deverá ser aplicado até 30 de abril de 2022.
A mudança foi adotada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, por causa da piora nas condições desfavoráveis, provocadas pela estiagem, para a produção de energia. A previsão é que os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste cheguem ao fim de setembro com 15,4% da capacidade.
Com menos chuvas que o esperado em agosto, o Operador do Sistema Nacional, o ONS, prevê dificuldades para atender a demanda em outubro e novembro. Além de utilizar a energia mais cara e mais poluente de termelétricas, o Brasil precisou aumentar a importação de energia de países vizinhos, que tem um custo ainda maior.
De acordo com a Aneel, a nova bandeira tarifária deverá resultar em aumento de 6,78% na tarifa média da conta de luz dos consumidores.
A Creg (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética) aprovou a criação de um programa para estimular os consumidores residenciais a economizarem energia. A iniciativa prevê um bônus de R$ 50 por cada 100 kWh reduzido. O Ministério de Minas e Energia informa que o cenário de geração de energia no Brasil está piorando. O governo já havia elaborado um programa para que grandes consumidores, como as indústrias, reduzissem os gastos. A participação desses consumidores, porém, é voluntária.