Uma semana depois, Defesa Civil ainda mantém ‘alerta máximo’ para risco de colapso de mina em Maceió

Solo na área em que Braskem explorou sal-gema está afundando a 0,3 cm/h. Alerta só deve ser extinto quando movimentação parar completamente. Mais de 14 mil imóveis já foram desocupados na região.

Nesta segunda-feira (4) completa uma semana desde o alerta de colapso em uma mina que pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã em Maceió, e a Defesa Civil ainda mantém o estado de “alerta máximo”. Isso porque a velocidade em que a terra cedia na região da mina da Braskem, no bairro do Mutange, era medida em milímetros por ano, mas agora a medida passou a centímetros hora, aumentando significativamente o risco.

Por mais que a gente, nas últimas horas, não tenha registrado sismos, essa velocidade de 0,3 cm/h ainda é muito elevada. Para você ter uma ideia, para que a gente entre em normalidade, é necessário [voltar a] milímetros por ano. Já teve momentos em que registramos 5 cm/h, mas ainda é uma velocidade considerável. Por isso se justifica ainda ficarmos em alerta máximo. A energia que se concentra ali é incalculável e imprevisível”, disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Aberlado Nobre.

A instabilidade no solo foi agravada por décadas de mineração feita pela Braskem e provocou a evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas. Somente um ano após o primeiro tremor de terra que abriu rachaduras em ruas e imóveis, em 2018, a empresa encerrou a extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.

Fonte: g1.com

foto google/cnn

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