Editorial: Realidade mundial

Infelizmente o avanço do novo coronavírus tomou proporções jamais imaginadas. O Brasil não é o único País a sofrer as consequências, pelo contrário, o mundo tem se desdobrado para superar as barreiras impostas pela propagação global do vírus. E um dos setores mais afetados é, sem dúvida, a economia. Esse cenário deixa claro que medidas drásticas precisam ser tomadas. Uma delas é diminuir a circulação de pessoas e reduzir o risco de contágio. Porém, para isso, foi preciso fechar o comércio, suspender os trabalhos presenciais e restringir as atividades, principalmente as consideradas não-essenciais. Só que medidas radicais como essas também trazem consequências na mesma proporção. E esse tem sido o grande desafio para a economia como um todo.


Instabilidade, insegurança, incertezas. Há como fazer projeções? Há como planejar o futuro? Primeiramente é preciso compreender o que está acontecendo, para depois buscar alternativas cabíveis. Que há uma crise e que haverá recessão, não tem como negar. Mas será que há esperança de recuperação? Essa esperança só poderá ser alimentada se, em contrapartida, houver um fortalecimento do sistema de saúde. Mas qual a relação de saúde com economia? Todas as possíveis. Quanto antes for controlado o avanço do vírus, e quanto maior forem as condições de tratamento de saúde para os infectados, maior será a chance de retomar a economia e normalizar as atividades.


Mas enquanto isso, o que fazer? Sim, será preciso fazer algo, e não ficar de braços cruzados esperando a pandemia acabar. Mais do que nunca as ações políticas são necessárias. Afinal, o Governo tem a missão de proteger a população e de amenizar os impactos econômicos. E isso tem sido feito. Para se ter ideia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma série de medidas e pacotes que totalizam R$ 55 bilhões para confrontar os problemas econômicos causados pela pandemia. Entre as iniciativas, suspensão dos pagamentos de empréstimos, transferência de valores para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e disponibilização de recursos para empresas de médio e pequeno porte. A prioridade é uma só: manter mais de 2 milhões de empregos, com a preservação de praticamente 150 mil empresas. E será que isso é possível? Em um momento tão incerto como esse fica difícil dizer. Qualquer afirmação ou negativa seria um tiro no escuro.


Mas uma coisa é certa, seja em casa, no trabalho, na empresa, nunca foi tão necessário traçar planejamentos estratégicos. Agora, isso é uma questão de sobrevivência. Não se pode dizer que alguém esteja na zona de conforto, mas muitos, com certeza, estavam. Pensar no que se chama “fora da caixinha” é uma das melhores estratégias. Talvez agora seja o melhor momento de colocar aquele plano que estava engavetado em ação. Não tenha receio de arriscar. Nem todos conseguirão sair dessa, mas quem tiver criatividade e ousadia, sem dúvida, sairá. E você, o que tem feito? Se a resposta for “nada” é melhor parar, refletir e começar a rascunhar os papéis.

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