. Jair Bolsonaro não pediu que nin-
guém fosse às ruas, quando o TSE declarou a sua inelegibilidade. Como
não havia eleição, no dia seguinte, a turma do ex-presidente preferiu não
cutucar o Tribunal. Algumas batidas da PF parecem ter mudado o cálculo.
A ideia de organizar uma manifestação, no dia 25, indica que Bolsonaro, se
vê diante de uma ameaça, mais próxima. A enxurrada de provas sobre os
preparativos de um Golpe, levou o ex-presidente a convocar um agrupa-
mento de emergência, para reagir às investigações, ou, ao menos, amorte-
cer seu impacto político. Uma especialidade de Bolsonaro é causar tumulto
na arquibancada, quando está perdendo o jogo. Foi assim que ele tentou
pressionar o Congresso, no início do governo, peitar o STF, durante a pande-
mia, e agitar os apoiadores, para contestar uma derrota que se desenhava
nas urnas. Agora, o objetivo é acordar uma base de eleitores, que perdeu
a coesão, após a sua saída do poder, e convencer esses grupos, de que é
preciso brigar, não apenas contra a eventual prisão de seu líder, mas pela
sobrevivência de um projeto político.
Fonte: monitor de conjuntura