Editorial: Cadê a democracia?

Você sabe o que significa “Democracia”? A palavra tem origem grega e significa: demos (povo), kratos (poder). Ou seja, é o poder que o povo tem de tomar decisões. É isso que ocorre durante as eleições. A eleição nada mais é do que um processo democrático, em que os cidadãos escolhem os seus representantes políticos. Se ele foi eleito pelo povo, quem tem direito de tirá-lo do poder? Apenas o próprio povo.
Talvez essa ideologia política não seja de fácil compreensão para todos. Um conhecimento histórico facilitaria essa relação com a política. Aqui no Brasil, democracia e política vivem em turbulência. Já foram diversos os momentos de ascensão e decadência. Mas, desde 1988, quando foi criada a Constituição Federal, a democracia plena foi reestabelecida, reforçando os direitos e promovendo a igualdade. Acontece que até mesmo os representantes dos poderes têm violado o sistema.
Mais um episódio de quebra da democracia poderia ter sido vivenciado em Dois Córregos. Na semana passada, um ex-vereador entrou com um requerimento para cassação de mandato do Prefeito Municipal. O embasamento seria uma condenação do chefe do executivo na justiça por autopromoção em redes sociais e no site da Prefeitura. Mas será que isso é suficiente para tirar do poder quem foi eleito por aclamação da maioria?
O que se percebe é que a democracia, novamente, vive um momento de instabilidade. E que poucos entendem que deixar de lado a democracia é também deixar de lado o poder que o povo tem de tomar decisões e de fazer as suas escolhas.
Bem ou mal, qualquer político tem o tempo que pelo qual ele foi eleito para fazer o seu trabalho. Caso não o faça, o povo tem novamente o poder de escolher um substituto para ele ou de dar uma nova chance. Quem fará a escolha é o próprio cidadão. Há de convir que nem todo mundo tem a mesma opinião. Mas o que prevalece é a da maioria. O que acontece é que, principalmente no Brasil, as pessoas não sabem perder e não respeitam opinões contrárias.
O povo precisa entender que justiça se faz nas urnas. E que o mesmo direito que ele tem, em qualquer que seja o assunto, os outros também têm. E se encaixam nesses outros, os políticos eleitos. Se eles foram eleitos para exercer um cargo por quatro anos, esse é o tempo que ele deverá permanecer e ponto final.
Um pouco de conhecimento, de estudo, de bom senso e de educação não faz mal a ninguém. Enquanto existir, viva a Democracia!

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